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Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, por ocasião do Dia da Defesa Nacional.

Palácio da Presidência da República, 06 de Novembro de 2014

 

Caros Concidadãos,

 

Celebra-se hoje, 06 de Novembro, o Dia da Defesa Nacional, dia em que homenageamos as mulheres e homens que, nas diferentes instituições,  velam dia e noite por um dos nossos bens mais preciosos, que é a nossa segurança, e, através dela, a nossa liberdade.

Na realidade, a segurança do país assume importância crucial. É ela que nos permite usufruir dos bens e serviços colocados à disposição de todos  e exercer, na plenitude, os direitos democráticos e participar no processo de desenvolvimento país.

Num mundo cada vez mais complexo, no qual a segurança é ameaçada pelas mais diversas formas, a Defesa Nacional adquire contornos especiais e exige cada mais o estreitamento das relações entre as diferentes componentes do Sistema de Defesa Nacional, com destaque para as Forças Armadas e os cidadãos. 

 

O estreitamento dessas relações, baseadas nos valores que enformam o nosso sistema democrático e na confiança entre os integrantes do sistema de Defesa, a comunidade e  as pessoas, é um eixo fundamental que convém desenvolver, cultivar e preservar.

 

Sem uma relação quase simbiótica entre os que se colocam na primeira linha da Defesa, do país, das instituições e das pessoas e os destinatários dessa actividade, esta fica necessariamente comprometida, passando essas actividades a serem  percebidas como algo relativamente importante, mas de certa forma estranha.

É fundamental que a Defesa seja entendida como um processo essencial e que integra o conjunto de actividades fundamentais à estabilidade e ao bem-estar de todos.

Mas para que essa percepção seja real, é muito importante que seja desenvolvida, estimulada, mas, sobretudo, cultivada a partir de acções muito concretas.

 

Aliás, é nessa perspectiva que a definição 06 de Novembro como  Dia da Defesa Nacional encerra. A escolha desta data procura enaltecer um   período em que foi possível estabelecer uma relação muito estreita entre as instâncias de Defesa Nacional, com destaque para as Forças Armadas, e a população no combate à epidemia de Dengue que apoquentou a população e ceifou vidas.

Essa articulação, como se sabe, permitiu controlar a doença, evitar mais sofrimento e mortes. No período estabeleceu-se uma aliança forte.

De igual forma, os sucessos alcançados na luta contra a insegurança pública e determinados fenómenos desviantes, nomeadamente os crimes relacionados com o tráfico de estupefacientes e a violência contra pessoas e bens, que continuam a fragilizar a nossa sociedade, são igualmente bastante encorajadores e podem ser apontados como susceptíveis de reforçar essa relação.

 

Hoje, mais do que nunca a acção operativa da Defesa Nacional deve ser mais rigorosa de modo a corresponder aos grandes desafios tanto a nível do país, quanto da nossa sub-região, ou do mundo, cada vez mais globalizado, onde o crime organizado, a pirataria marítima, o terrorismo baseado no fundamentalismo religioso, são realidades presentes e preocupantes nos países vizinhos.

 

São vastas e preocupantes as ameaças do mundo presente e, por isso, a Segurança Nacional é um desafio premente ao qual o Estado e a Sociedade devem dar toda a atenção para que possamos ter um país onde todos possam viver em paz e tranquilidade e em que a segurança, no dia-a-dia, integre, de forma harmoniosa, políticas que promovam a democracia, o bem-estar e a justiça social.

 

Todos somos chamados a dar a sua contribuição para a Defesa Nacional, pois ela constitui um dos alicerces da nossa democracia e factor decisivo da consolidação do Estado de Direito Democrático. O nosso contributo é indispensável para a construção de uma sociedade segura, harmoniosa, feliz e sem qualquer tipo de violência ilegítima.

 

O Dia da Defesa Nacional é uma oportunidade ímpar para exaltar as instituições pilares da defesa e segurança, as quais constituem o baluarte firme da paz e harmonia na sociedade civil, sendo esta uma parceira insubstituível na realização dos objectivos de uma segurança próxima, flexível e moderna, elementos importantes para a construção de um Cabo Verde próspero, feliz e baseado em valores nobres como a afirmação incondicionada e a promoção  da dignidade da pessoa humana.

 

Os cabo-verdianos, homens e mulheres, residentes em Cabo Verde, bem como os que labutam no estrangeiro devem apropriar-se deste dia como mais um exemplo de unidade, factor essencial para a afirmação desta nossa grande Nação espalhada pelo mundo.

 

Enquanto Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, manifesto o meu reconhecimento e apreço pelas instituições de Defesa e Segurança, bem como à Cruz Vermelha de Cabo Verde, aos Bombeiros Voluntários e às Associações Comunitárias que também integram o sistema Nacional de Protecção Civil e renovo o meu compromisso de, no limite das minhas capacidades e no quadro poderes que a Constituição da República me confere, tudo fazer para que o nosso Sistema de Defesa Nacional tenha cada vez mais condições para assumir cabalmente as suas funções.

 

Aproveito o ensejo para encorajar essas instituições a reforçarem as suas acções do dia-a-dia, no cumprimento das respectivas missões, em prol da segurança e bem-estar dos cabo-verdianos.

 

 

 

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publicado às 11:27